segunda-feira, 29 de dezembro de 2003

Páginas novas

Mais um ano...e que ano! Agora que está a chegar ao fim, está na hora de fazer um balanço. Engraçado, isto faz-me lembrar as aulas de contabilidade do 9º ano. Inventários, balanços, balancetes...como se tudo o que se passou nestes últimos 12 meses pudesse ser contado, registado e arquivado, contabilizando o passivo e o activo, para no fim se chegar a uma conclusão: houve lucro?... Será assim tão simples?
Isto de chegar a uma data, contar os segundos que faltam e de repente...VIVA O NOVO ANO!!!!!... Qual é a diferença das 23h59m59s de dia 31 de Dezembro para as 0h00m01s de dia 1 de Janeiro?! Um calendário novo? Um fogo de artifício? Uma bebedeira monumental?..........
Ou será a sensação de abrir um novo caderno, usar uma nova caneta, começar um novo diário? Por mais estragado que tenha ficado o caderno, por mais tristes que tenham sido as coisas que escrevemos no diário velho, o novo será diferente. Fazemos promessas para o Novo Ano: vou fazer dieta, vou ser mais simpático, desta vez vou fazer tudo como deve ser...
É este o encanto do Ano Novo. O virar de uma página, uma nova oportunidade, a ideia que podemos recuperar o que perdemos, remendar os erros, criar um ano melhor que o anterior. É como mudar de casa, estrear uma roupa nova ou um par de sapatos, usar um novo penteado. "Ano Novo, vida nova", não era o que os Antigos diziam? O renovar de um ciclo.
Para este ano que começa, faço votos que agarrem a oportunidade. A página está em branco. Boa escrita.

sábado, 6 de dezembro de 2003

Contar estrelas

E pronto, lá aderi eu à moda dos blogs. Não costumo ser de modas, mas às vezes tenho vontade de partilhar certas coisas que aprendo, descubro, leio ou reparo e que acho que são interessantes. Outras vezes apetece-me simplesmente partilhar a minha opinião sobre qualquer coisa.
O título deste blog é Contadora de Estrelas. Porquê? No outro dia, sem razão aparente, lembrei-me de uma cena da minha infância: à porta da casa dos meus primos, numa noite de Verão, éramos uma data de miúdos a festejar um aniversário. Olhámos para cima e vimos muitos pontinhos luminosos num céu escuro. Disse então uma rapariga: "Não contem as estrelas, senão nascem-vos cravos nas mãos!" ("cravos" era o nome que dávamos às verrugas).
Que disparate!, dirão vocês. Claro que sim, mas para nós, crianças, era muito fácil acreditar nessas pequenas superstições. Na altura fiquei na dúvida, e por isso mesmo nunca contei as estrelas. Mas sempre fui fascinada por elas. E fui aprendendo a pensar por mim própria, com o meu gosto pelo saber e a curiosidade em saber como funciona o Mundo.
Mas como todo o saber acumulado não serve para nada se não for usado e ensinado, vou partilhando o meu e talvez vos contagie com o meu fascínio pelas pequenas maravilhas deste estranho Universo.