quinta-feira, 26 de agosto de 2004

Estrelas olímpicas

Ao visitar a página do Público reparei no inquérito que está agora a funcionar:"Como classifica a prestação dos atletas portugueses em Atenas?" Há uns dias a maioria votou "má", mas hoje o "satisfatória" está um ponto percentual à frente.
Mas má porquê?! Ganhando já duas medalhas de prata e uma de bronze, e vários atletas, mesmo sem medalhas, acabando em boas posições, o povo português continua a achar que o desporto é só futebol?
Os nossos atletas apuraram-se, junto com os melhores do mundo para os Olímpicos. São também os melhores do mundo. Competem com campeões, atletas de países que dão imenso apoio ao desporto em geral, atletas em maior número. Que é que queriam, cinco medalhas de ouro, dez de prata e vinte de bronze?
Os nossos representantes nas Olimpíadas estão a ter bons resultados, que nos devem encher de orgulho. Desporto não é só futebol.
Parabéns aos nosso atletas e boa sorte para as restantes provas.

Poesia no espaço

A ficção científica pode também ter imensa poesia, como o sabe quem lê Arthur C. Clarke. Este é um excerto de Terra Imperial:
"...era como o lento bater de um coração gigante, ou do tanger de um sino tão grande que uma catedral pudesse ser colocada dentro dele, em vez do inverso. Ou talvez as ondas do mar, rolando eternamente num ritmo invariável contra qualquer praia desolada, num mundo tão velho que, ainda que o Tempo continuasse a existir, a Mudança morrera..."

domingo, 8 de agosto de 2004

Novidades do céu

Não sei se já repararam na barra de links à direita. Um deles é o do site do Hubble Heritage Project, que mostra todos os meses uma nova imagem obtida pelo Telescópio Espacial Hubble.
As imagens são fantásticas. A deste mês então é uma das mais bonitas. Mostra a galáxia NGC 3949, uma galáxia espiral a 50 milhões de anos-luz da Terra. Uma imagem de beleza e harmonia, dando uma sensação de movimento. Quase podemos imaginar aquele disco brilhante a rodar.
Mais uma das maravilhas deste Universo.

domingo, 1 de agosto de 2004

João, vou fazer-te a vontade (depois não te queixes...)

No comentário ao post anterior, o João deu uma sugestão para um tema, já que eu tinha afirmado não ter nenhum: o melhor e o pior do ano lectivo (João, o Livra anda a dar-te a volta à cabeça).
Até seria um tema fixe, mas torna-se um bocado pessoal. Bem, vou dar aqui uma versão light...
O melhor... foi mesmo ter entrado em Fisioterapia. Para os que não conhecem a história, aqui vai um resumo: antes de entrar neste curso, já tinha frequentado quatro anos (sim, quatro - 4 - leram bem) em Medicina Dentária, curso no qual aterrei depois de um ano em Ciências Farmacêuticas, tudo isto sempre em Coimbra (afinal, poucos são os que lá estudam e não ficam enfeitiçados pela cidade). Mas voltando ao assunto, por motivos vários que não vou aqui enumerar, chateei-me com aquela vida e pus-me a andar, deixando toda a gente de boca aberta ao escolher Fisioterapia (ainda por cima, com a notas que tive o ano passado nos exames nacionais (que realizei pela quarta vez - agora nunca mais...) teria entrado em Medicina em Lisboa - se me tivesse candidatado.
Porquê Fisioterapia? Se querem que eu diga, depois deste ano, já nem me lembro muito bem porquê, mas se tinha algumas dúvidas se tinha escolhido o caminho certo desta vez, perdi-as todas ao fim de uma semana de aulas. Estou a adorar. Aprendi mais neste ano que nos três primeiros anos em Dentária. Coisas úteis, práticas, descobri que, sem saber, estava a recordar, memorizar e integrar conhecimentos numa quantidade que nunca teria cá ficado só a marrar.
Quanto à Escola achei-a (e acho) com um ambiente mais do Secundário do que do Superior. Venho eu habituada a um tipo de trabalho feito na Universidade, e este pessoal ainda me trata os professores por stor! Acho que fiquei horrorizada na altura, afinal já lá iam alguns anos, mas agora já me habituei. Tenho de me lembrar constantemente "olha que eles acabaram de sair do secundário, ainda não aprenderam certas coisas, vai com calma..."
Ainda por cima, tive de me sujeitar às praxes. Eu, quase uma verterana, com seis matrículas, vi-me na qualidade de Caloira Estrangeira, andei a correr, saltar, rebolar, gatinhar, eu sei lá... praxada por putos que só tinham deixado a escola no ano anterior... mas, por incrível que pareça, diverti-me imenso. Poucas foram as vezes em que me senti aborrecida, humilhada ou ressentida com quem me praxava (é claro que há sempre quem goste de abusar). A praxe foi uma excelente maneira de conhecer os meus colegas e tornou a turma unida, com o grupos inevitáveis a formarem-se mais tarde que o costume.

Agora o pior...só mesmo o distanciamento em relação meus amigos da faculdade. Essa lição já eu tinha aprendido antes, poucas são as amizades que resistem à distância e à falta de tempo. Eu bem tentei, ainda fui aparecendo na faculdade para estar com o pessoal, mas cada vez mais fui notando a falta de disponibilidade que eles tinham para mim, até que me fiquei pelos sms, e-mails... Enfim, já sabia o que teria de acontecer, mas acho que a desilusão foi inevitável, afinal ainda devia ter alguma esperança que certas pessoas seriam diferentes. Chega uma altura em que temos de deixar de perseguir algo que já não podemos ter de novo. Passei a ter mais trabalho, avaliações constantes, trabalhos, actuações da Tuna, enfim.
A vida é assim, o que já foi não volta a ser (é pá, isto saiu de onde?!), há que seguir em frente.

Mas o melhor, melhor, melhor, melhor... passei a tudo por frequências, sem precisar de exames, nem época de recurso (situação inédita!). Onde andava a minha cabeça, que não me lembrei deste curso mais cedo....

Gaita, acho que nunca escrevi um post tão longo. Chiça!
Tás contente, João? :)

Prometo que o próximo vai ser melhorzinho que isto, tem mesmo de ser!